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Quando ser boa demais começa a te destruir

A bondade que pesa demais

Você diz sim por reflexo. Evita conflitos. Ajuda mesmo quando está no limite. Fica até mais tarde, faz além do combinado, aceita tarefas que não são suas – e quase nunca se sente reconhecida.

Parece gentileza. Mas no fundo… dói.

Essa sensação de estar sendo “boa demais” vem acompanhada de culpa, esgotamento e raiva contida. E o mais assustador: você nem sempre sabe como parar.

Mas a verdade é que essa bondade não nasceu do amor. Ela nasceu do medo.

E esse medo não é frágil. É estruturado. Foi sendo construído com cada elogio à sua “força”, cada crítica velada à sua sensibilidade. Até que dizer “sim” passou a parecer mais seguro do que existir inteira.

A busca por aprovação como sobrevivência emocional

Desde cedo, muitas mulheres aprendem que só são aceitas quando não incomodam.

Que dizer “não” é rejeição na certa. Que a aprovação dos outros é o único caminho para o pertencimento.

Então, começam a se moldar. E se moldam tanto… que se perdem.

Esse padrão – dizer sim para evitar rejeição, para garantir afeto, para manter vínculos – é mais profundo do que parece.

Não é gentileza. É sobrevivência emocional.

Você aprendeu a medir seu valor pela utilidade. E se anulou para caber.

E o preço disso aparece nas pequenas coisas: a dificuldade de descansar sem culpa, a angústia de não estar “sendo produtiva”, o medo de ser mal interpretada ao simplesmente dizer o que sente.

Quando o “sim” destrói — e o “não” vira cura

O problema é que viver assim cobra um preço: você se afasta de si mesma.
As decisões deixam de vir de dentro e passam a ser ditadas pela expectativa alheia.

Você começa a sentir raiva, mas não sabe de quem. 

Chora sem motivo. E se pergunta por que tudo parece pesado, mesmo quando “está tudo certo”.

Aprender a dizer “não” é mais do que impor limites. 

É aprender a se escutar. A confiar no que sente. A validar sua própria voz.

É reaprender que a paz dos outros não pode mais depender do seu silenciamento.

E isso não acontece da noite pro dia. Mas é possível – e começa com consciência.

E se o primeiro “não” for pra tudo que te afasta de você?

Romper com esse padrão não é simples – ele se construiu devagar, por dentro.

Mas ele também pode começar a se desfazer assim: com pequenos gestos de verdade.

Não precisa mudar o mundo. Só se perguntar, com coragem: esse “sim” é meu?

Ou é mais uma tentativa de segurar um amor que me esvazia?

Talvez o maior gesto de amor-próprio hoje seja deixar de salvar quem não te vê — e começar a resgatar quem você foi antes de se calar.

Se quiser aprofundar esse caminho de volta pra si, existe um espaço seguro, claro e estruturado para isso.

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Esse talvez seja o primeiro “não” ao que te aprisiona – e o primeiro “sim” a quem você é.

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