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Mães exaustas: por que você sente que tem que dar conta de tudo?

Há um cansaço que não passa com uma noite de sono. Um esgotamento que não se resolve com um banho demorado, um tempo sozinha, uma massagem. É um cansaço que começa no corpo, mas se espalha pela alma. Um peso que não é físico – é simbólico. É o peso de acreditar que precisa dar conta de tudo, o tempo todo, sozinha.

Muitas mulheres vivem nesse estado de alerta permanente, onde não há espaço para falha, nem para descanso verdadeiro. Elas acordam já correndo, passam o dia se equilibrando entre demandas, tentam se manter emocionalmente disponíveis, produtivas, serenas, funcionais. E, no fim do dia, o que sentem não é alívio, mas frustração. Porque mesmo tendo feito tudo, sentem que não foi suficiente.

O mito silencioso da mãe que não pode falhar

Por trás desse esgotamento está uma ideia enraizada na cultura e na psique feminina: a de que ser mãe boa é ser mãe onipotente. Que amar é dar conta de tudo – com leveza, sem reclamar. Que cansaço é falta de gratidão. Que pedir ajuda é sinal de fraqueza.

Essas crenças não nascem com a maternidade. Elas são ensinadas desde cedo, herdadas de gerações de mulheres que sobreviveram caladas. E continuam operando no inconsciente de muitas mães que, mesmo desejando ser diferentes, acabam repetindo padrões de sobrecarga afetiva, emocional e prática.

Você não está cansada só porque tem muitas tarefas

A exaustão materna não é apenas uma consequência do excesso de responsabilidades visíveis. É o resultado de uma construção invisível que coloca a mulher no centro de tudo – e cobra dela uma perfeição impossível. Muitas mães estão cansadas porque nunca descansam da exigência de serem impecáveis. Não errar. Não esquecer. Não faltar. Não perder a paciência. Estar sempre disponíveis emocionalmente. Sempre fortes. Sempre inteiras.

Mas ninguém está sempre inteira. E exigir isso de si mesma é, inevitavelmente, um caminho para a culpa, o ressentimento, a desconexão e, em última instância, o adoecimento.

Dar conta de tudo não é virtude. É ilusão.

A ideia de que a mulher precisa ser suficiente para tudo e todos é uma fantasia que alimenta o sofrimento materno silencioso. Porque ao tentar dar conta de tudo, ela vai se perdendo aos poucos de si mesma.

Não é preciso dar conta de tudo. É preciso dar conta daquilo que importa – e, para isso, é fundamental que a mulher esteja sustentada, cuidada, em conexão com sua verdade. Só assim ela poderá sustentar também os outros, sem se anular no processo.

Você não precisa se tornar sobre-humana para ser uma boa mãe

Ser uma boa mãe não exige perfeição. Exige presença. E a presença real só é possível quando a mulher está em contato consigo – com seus limites, suas dores, suas necessidades, suas contradições.

Permitir-se descansar, falhar, pedir ajuda, dizer “hoje não dou conta” é um ato de coragem. É uma forma de ensinar, inclusive aos filhos, que humanidade vale mais que performance. Que amor não é sacrifício constante, mas entrega com consciência.

Mães no Divã: um lugar onde você pode descansar com verdade

O curso Mães no Divã é um espaço de escuta e reconexão profunda para mulheres que se sentem emocionalmente sobrecarregadas.
Não se trata de aliviar tarefas, mas de aliviar pesos simbólicos. De ressignificar o que é ser mulher, mãe e ser humano num mundo que cobra demais e escuta de menos.

Se você sente que está carregando o mundo nas costas e, mesmo assim, se sente culpada, talvez seja hora de colocar esse mundo no chão. E escutar o que a sua alma tem a dizer.

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