Blog - Terapia Inteligente

Dani no Divã #24: A Travessia Final do Constelar na Água

Tem histórias que não se encerram. Elas mudam de forma e continuam, em nós.

Hoje, escrevo com o coração batendo mais forte, porque o Constelar na Água chega à sua última turma.
E, de algum modo, é como se estivesse me despedindo de uma parte de mim, da mulher que, há muitos anos, começou tudo isso sem nem saber que estava criando um movimento.

Na época, eu era só alguém curiosa. Pegava livros de tudo quanto é assunto para estudar… e, um dia, caiu nas minhas mãos um sobre Constelação Familiar.

Eu nem sabia o que era. Mas no final do livro, uma citação do Bert me atravessou feito flecha. Fui atrás da origem daquela frase e encontrei “Um Lugar para os Excluídos”.

A partir dali, tudo mudou.

Eu lia devagar. Uma página por semana, talvez. Chorava, fechava o livro, respirava.
Aquilo me confrontava, me irritava, me despia. Mas não conseguia me afastar, algo em mim sabia que estava diante de uma verdade antiga.

Um dia, sentei para tomar café com a minha mãe e comecei a contar o que estava descobrindo. Peguei papel e caneta e desenhei a vida dela, em ordem. Quando percebi, estávamos dentro de uma constelação. Sem bonecos, sem técnicas, sem nome. Mas o campo já estava ali: presente, vivo, movendo o que precisava ser visto.

Foi com ela que aprendi que o amor só cura quando encontra lugar. E com meu pai, aprendi que incluir também é deixar faltar.

Por muitos anos, eu briguei com a ausência dele. Duas meninas sem pai, uma mãe tentando dar conta de tudo, e eu tentando entender o que era “incluir” alguém que eu nem conheci. Até o dia em que voltei para Pernambuco, a terra dele. Começou a tocar zabumba, e algo em mim se abriu. Eu chorei como quem reconhece o próprio som. Ali, debaixo daquele céu quente, entendi que a falta também é uma forma de presença. E que algumas reconciliações não precisam ser compreendidas, só sentidas.

E então, um dia, aconteceu. Sem anúncio, sem luz de palco, sem epifania de filme. Só aquele silêncio que vem quando a alma entende antes da mente.

Eu estava ali, olhando para o nada e vendo tudo. O amor, a ordem, a falta, a história… tudo se encaixando num mesmo gesto. Como se, por um segundo, o destino tivesse parado para respirar comigo.

Percebi que o que doía em mim era o que pedia passagem. E que ensinar poderia ser também um jeito de curar. Olhei para o Roby e disse algo simples, mas definitivo: “Eu acho que isso é um curso”.

Ele sorriu e eu entendi. O Constelar nasceu antes de existir. Nasceu no instante em que eu parei de tentar resolver e deixei que as ordens do amor fizessem o que sempre fazem: devolver cada coisa ao seu lugar.


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Retrospectiva Constelar na Água

Última turma da história. Um ciclo se despede.

Depois de cinco anos, o Constelar se prepara para sua travessia final e, para honrar tudo o que foi vivido, criei uma retrospectiva à altura.

Vamos reviver os melhores momentos do Constelar!!!

Sim, gatinha manhosa, vem aí as Novelas das Constelações mais amadas e os aulões mais WOW da história do Terapia.

E um lembrete simples e eterno: constelar é aprender a ser NÓS.

Foram mais de 4.500 alunos. 

Famílias que voltaram a respirar. 

Histórias inteiras que encontraram lugar. 

Árvores genealógicas que, depois de tanto tempo, voltaram a dar frutos.

Para sentir o clima, veja o que já rolou:

Para que serve o Caderno de Travessia?
É o espaço para aprofundar o mergulho, com perguntas de reflexão e um momento para elaborar o que emergiu.

Um respiro para deixar o campo virar consciência.


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O Legado em Movimento

O amor, quando encontra a ordem, transforma o destino.
E, às vezes, a gente tem o privilégio de ver isso acontecer diante dos olhos, e nunca mais esquecer.

Porque o Constelar faz isso: acorda o que estava quieto, dá nome ao que apenas pulsava, mostra o caminho para liberar o nosso destino.
E quando a alma entende… não tem mais volta.

Veja o que aconteceu quando a Iolanda decidiu mergulhar e fazer o primeiro movimento, clique aqui para assistir.

Duvido que você consiga ver sem se emocionar.

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Antes de terminar…

Em cada travessia, a alma se expande.
E essa é a maior herança que o Constelar na Água deixa: a certeza de que a vida sempre encontra um jeito de florescer, mesmo nas águas mais profundas.

Encerrar um ciclo é também aprender a deixar ir, não como quem perde, mas como quem devolve ao fluxo o que amadureceu.

Sempre em direção ao MAIS. 🌊

Quer fazer parte da última geração do Constelar? Clique aqui e faça sua inscrição.

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