Atender casais é uma das tarefas mais desafiadoras dentro da clínica. Não porque falte teoria. Pelo contrário: cada linha terapêutica tem décadas de estudo, centenas de livros e protocolos. O problema é que quase tudo isso foi pensado para o indivíduo. E quando o casal entra no consultório, a realidade é outra.
De repente, o terapeuta precisa costurar um processo para dois que falam ao mesmo tempo, que querem que você decida quem está “certo”, que esperam inconscientemente que você seja o juiz da relação. E você sabe que não é esse o seu papel, mas também sabe que não pode se esquivar da expectativa.
Quem atende casais conhece esse lugar ingrato: ser chamado a validar um e invalidar o outro. E ao tentar não tomar partido, muitas vezes sente que nenhum dos dois saiu satisfeito.
Há dias em que a sessão simplesmente empaca. O casal chega e não traz nada. Você pergunta, cutuca, tenta abrir caminhos, e a sala parece congelada. Outras vezes, eles trazem tanto conflito acumulado que não há espaço para nenhuma reflexão, apenas descarga emocional. É nesses momentos que muitos terapeutas se veem obrigados a improvisar, pegando uma técnica de um autor, adaptando outra de um modelo que não foi feito para a vida a dois, e torcendo para que aquilo ajude o mínimo necessário.
E quando se trata de casais cristãos, a complexidade aumenta. Porque além dos dilemas emocionais, traições, fronteiras frágeis, falta de intimidade, existe a expectativa espiritual. Eles não buscam apenas compreensão psicológica: querem que o processo fortaleça a fé, a aliança, a promessa de que o casamento é mais do que convivência, é propósito.
Esse é o ponto cego da formação tradicional: como trazer para o casal o que, em teoria, foi pensado para um só? Como transformar anos de estudo em ferramentas que realmente façam sentido no calor de uma sessão que pode desmoronar a qualquer minuto?
Foi a partir dessa dor prática, vivida em consultório, que nasceu o Casamento no divã, e, a partir dele, o Workshop As Fases do Relacionamento. Nesse workshop você consegue identificar exatamente em qual fase o casal está, e conduzir o casal de forma mais assertiva e direcionada a partir disso.
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