Blog - Terapia Inteligente

Por que você repete padrões de relacionamento e escolhe o que te machuca?

Por que você repete ciclos, repete dores, repete relações que parecem diferentes, mas sempre acabam do mesmo jeito?

Por que você atrai homens que fogem, somem, desmoronam?

E por que mesmo fazendo “o trabalho” espiritual, terapêutico, emocional… ainda se sente perdida?

A resposta não está nos outros. Nem nos homens. Nem no seu passado. Nem em traumas mal resolvidos.

Está em quem você se tornou para sobreviver.

E você sobreviveu bem. Foi elogiada. Reconhecida. Desejada.

Mas agora está esgotada. E não entende por quê.

É porque você não sabe mais sair do personagem. E mais do que isso: se apegou a ele.

Esses personagens têm nome. Você talvez esteja em um deles agora:

A Mãe: a mulher que cuida de todos e atrai homens carentes

É a mulher que resolve tudo. Aguenta tudo. Cuida de todo mundo.

Nunca foi cuidada, então aprendeu a se validar por ser necessária.

Ela atrai homens carentes, perdidos, infantis. Por quê? Porque a identidade dela pede alguém para cuidar.

Mas a verdade é que ela está exausta. E no fundo, amarga. Ninguém cuida dela. Ninguém sabe o quanto ela segura. E tem vergonha de precisar.

Ela vive pelo outro. Acorda já cansada, mas segue. Sabe o que todo mundo precisa. Menos ela.

Ela é “madura”, “generosa”, “essencial”. 

Mas está sempre com raiva.

E não é porque ninguém ajuda. É porque ninguém vê.

Ela não consegue soltar o controle. Porque o que restaria, se ela não fosse necessária?

A Amante: quando a necessidade de ser desejada vira vício emocional

É a mulher viva, intensa, desejante. Mas que, por dentro, morre de medo de não ser escolhida.

Então ela seduz. Se adapta. E se perde.

Finge leveza, mas se o outro se afasta, ela desmonta. Ela acredita que se o outro a desejar o suficiente, vai ficar. E por isso, se molda, se curva, se desconfigura, e depois não sabe mais quem é.

Ela precisa ser desejada para acreditar que importa. Sabe jogar o jogo, provocar, encantar.
Se contenta com presença parcial, promessas vagas e relações que começam intensas… e terminam no vazio.

Ela chama isso de paixão. Mas é vício.
Ela se alimenta da esperança. Mesmo quando já sabe o final.

A Donzela: por que o medo de ficar sozinha te prende em relações ruins

É a mulher doce, boa, compreensiva. Nunca impõe um limite de verdade.

Aceita pouco, e justifica com empatia.

Engole tudo. Justifica tudo. Tem sempre uma desculpa para o outro: “ele não sabe amar”, “ele é ferido”, “ele não teve base”.

Mas a verdade?

Ela está com tanto medo de ser deixada que prefere ser ferida a ser sozinha.

E chama isso de amor.

Ela acredita que, se amar o bastante, o outro muda.
Mas no fundo, ela só tem medo de bancar a própria potência, porque aprendeu que se ela brilhar demais, vai ficar sozinha.

A Heroína: a mulher independente que confunde controle com força

Essa é a mais elogiada. Faz tudo. Sabe tudo. Dá conta de tudo. E melhor que todo mundo.

Mas vive contraída, irritada, no controle. Paga com o corpo, com a saúde, com o desejo.

No fundo, está sempre lutando. Até no amor.

E ama? Apenas se puder salvar o outro.

Sabe por quê? Porque só se sente merecedora se estiver servindo. Ela não sabe receber amor, só sabe conquistar.

Ela não descansa porque não confia. Não relaxa porque ninguém faz como ela.
Está sempre no comando, mas nunca em paz.

Confunde controle com força. Mas essa força dela nasceu do medo, não da escolha.

O Barba Azul: o predador psíquico que sabota seus relacionamentos

E por trás de tudo isso?

Um predador psíquico. Que não tem cara de vilão. Tem a sua voz.

É o Barba Azul: o masculino distorcido que se instalou dentro de você.
Aquele que sabota, que vigia, que cobra. Que diz que você precisa ser melhor. Mais. Sempre mais.

Aquela voz dentro de você que diz:

— “Seja útil, ou ninguém vai te amar”

— “Seja desejável, ou vai ser trocada.”

— “Seja boazinha, ou será rejeitada.”

— “Seja forte, ou será abandonada.”

É ele que transforma o amor em dívida. O descanso em culpa. A escolha em sacrifício.

Esse predador não vem de fora. Ele mora aí dentro.

E enquanto você não o encarar, ele vai seguir mandando. Nas suas escolhas. Nas suas relações. Nos seus silêncios.

Relacionamentos ruins não vêm de fora. São reflexos do que você sustenta internamente.

É sobre quem você se tornou para sobreviver, porque se acostumou a ser dominada por esse animus ferido.

A Tecelã: como parar de repetir ciclos emocionais e sustentar quem você é

O que a Tecelã faz?

Ela te arranca daí.

Não com afeto. Com verdade.

Você vai olhar pra cada parte sua que ainda está presa nessas estruturas. Vai enxergar o quanto você mesma cultiva esse predador. Vai integrar o masculino interno, não para agradar, mas para sustentar.

E então, pela primeira vez, você vai parar de se dividir entre “quem cuida” e “quem precisa de cuidado”. E vai se tornar inteira.

Porque mulher inteira não pede permissão. Nem vive no piloto automático da sobrevivência.

Mulher inteira não sobrevive, escolhe. Não repete enredo, escreve o seu. Não se molda, sustenta quem é.

Se você percebe que está presa nesses papéis, mãe, amante, donzela ou heroína, e sente que o Barba Azul interno ainda manda nas suas escolhas, chegou a hora de recuperar sua força.


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